Roer as unhas faz mal para a saúde bucal? Descubra os riscos desse hábito aparentemente inofensivo
Roer as unhas faz mal para a saúde bucal? Descubra os riscos desse hábito aparentemente inofensivo
Roer as unhas é um hábito comum, especialmente em momentos de ansiedade, estresse ou tédio. De fato, muitas pessoas nem percebem que estão fazendo isso no dia a dia.
Mas você sabia que, além dos prejuízos para a estética das mãos, roer as unhas também pode trazer sérios danos para a sua saúde bucal?
Por que roemos as unhas?
O nome técnico para o hábito de roer as unhas é onicofagia. Ele costuma se manifestar ainda na infância ou adolescência e, muitas vezes, está relacionado a questões emocionais, como:
- Ansiedade ou nervosismo;
- Estresse;
- Tédio;
- Insegurança;
- Transtornos compulsivos.
Embora pareça um gesto simples, a repetição constante pode gerar impactos significativos não apenas nas mãos, mas também na cavidade oral.
Roer as unhas faz mal para os dentes?
Sim! Roer as unhas faz mal para os dentes, para as gengivas e para a articulação da mandíbula. Entenda a seguir os principais prejuízos:
1. Desgaste e fraturas nos dentes
O atrito constante entre os dentes e a unha — que é composta por queratina, uma substância dura — pode causar desgaste no esmalte dentário, a camada protetora dos dentes. Com o tempo, isso pode levar a:
- Sensibilidade dentária;
- Lascas ou trincas;
- Fraturas em restaurações;
- Perda de material dentário.
Em casos mais graves, o dente pode precisar de restauração, tratamento de canal ou até mesmo de uma coroa protética.
2. Dores e estalos na articulação da mandíbula (ATM)
Roer as unhas exige que a mandíbula fique constantemente em uma posição de força e tensão. Esse movimento repetitivo pode sobrecarregar a articulação temporomandibular (ATM), causando:
- Estalos ao abrir e fechar a boca;
- Dores faciais;
- Dor de cabeça;
- Travamentos ou dificuldade para abrir completamente a boca.
3. Entrada de bactérias na boca
As unhas acumulam impurezas e microrganismos ao longo do dia — mesmo quando parecem limpas. Ao roê-las, esses germes entram diretamente na boca, aumentando o risco de:
- Infecções na mucosa bucal;
- Gengivites;
- Halitose (mau hálito);
- Herpes labial (em pessoas predispostas).
4. Traumas na gengiva e tecidos moles
Ao tentar morder as unhas, é comum ocorrerem pequenos cortes ou ferimentos na gengiva, no céu da boca ou na parte interna da bochecha, o que favorece a entrada de bactérias e pode gerar inflamações ou aftas.
5. Alterações na posição dos dentes
A pressão constante exercida ao roer unhas pode provocar movimentações indesejadas nos dentes, especialmente nos anteriores (dentes da frente), resultando em desalinhamentos e alterações na mordida.
Em pacientes em tratamento ortodôntico, o hábito pode até comprometer o resultado do aparelho.
6. Descolamento de restaurações e aparelhos
Pessoas com aparelho ortodôntico, próteses ou facetas devem ter atenção redobrada. Assim, roer unhas pode quebrar brackets, soltar fios, danificar peças protéticas e comprometer colagens estéticas, exigindo retrabalho e aumentando os custos com o tratamento.
Roer unhas durante o tratamento com Invisalign pode comprometer os resultados. Felizmente, na grande maioria dos casos, o próprio alinhador atua como uma barreira física, dificultando o acesso direto às unhas e tornando o ato de roê-las mais incômodo e menos eficaz. Isso, por si só, já ajuda muitas pessoas a reduzirem ou até eliminarem o hábito com o tempo.
O hábito é comum em crianças e adolescentes
A onicofagia é bastante frequente na infância e adolescência, fases marcadas por desenvolvimento emocional, pressão escolar e mudanças hormonais. Pais e responsáveis devem ficar atentos, pois o hábito pode afetar o crescimento orofacial, a posição dos dentes e até a fala, quando se torna compulsivo.
Como parar de roer as unhas?
Superar esse hábito pode ser desafiador, especialmente quando está associado à ansiedade. Algumas estratégias incluem:
- Identificar os gatilhos emocionais que levam ao comportamento;
- Substituir o hábito por alternativas mais saudáveis (como bolinhas antiestresse);
- Usar esmaltes específicos com gosto amargo (em crianças maiores);
- Buscar apoio psicológico ou terapêutico, especialmente em casos compulsivos;
- Manter as unhas cortadas e bem cuidadas, o que reduz a tentação.
O acompanhamento odontológico também é fundamental para verificar se o hábito já causou danos e tratar precocemente possíveis consequências.
O dentista pode ajudar
Se você ou alguém da sua família tem o hábito de roer unhas, vale conversar com o dentista. Ele poderá:
- Avaliar o impacto nos dentes e gengivas;
- Indicar técnicas para reeducar a mordida;
- Tratar eventuais desgastes ou fraturas;
- Orientar sobre o uso de protetores para evitar o hábito;
- Encaminhar, se necessário, para acompanhamento psicológico.
Conclusão
Roer as unhas é um hábito prejudicial não só para as mãos, mas também para a saúde bucal. Ele pode causar desgaste nos dentes, sobrecarga na mandíbula, contaminação por bactérias e até movimentações indesejadas na arcada dentária.
Se você tem esse hábito, procure ajuda. Lembre-se que pequenas mudanças no dia a dia, aliadas ao acompanhamento odontológico, podem proteger seu sorriso e melhorar sua qualidade de vida.

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Dra. Kátia Rie – CROSP 41476
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Trabalho com aparelhos ortodônticos e Invisalign, realizo clareamento dental e limpeza com AirFlow, dentre outros tratamentos — sempre com foco na estética, saúde bucal e bem-estar dos meus pacientes.
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